VIII Simpósio Linguagens e Identidades da/na Amazônia Sul-Ocidental & VII Colóquio Internacional “As Amazônias, as Áfricas e as Áfricas na Pan-Amazônia”
Com a realização do VIII
Simpósio Linguagens e Identidades da/na Amazônia Sul-Ocidental e do VII
Colóquio Internacional “As Amazônias, as Áfricas e as Áfricas na Pan-Amazônia”,
lançamos nossos olhares para as formas supremas da linguagem humana: as artes; para
as formas intensas e necessárias dessas mesmas artes/linguagens: os silêncios;
e para os silenciamentos: imposição de reações conservadoras e castradoras da
liberdade – consequência direta ou indireta das formas autoritárias de
pensar/intervir no espaço público, da não aceitação do “outro”, da incapacidade
de convivência com o diferente e com o pensamento plural.
Artes porque a vida
necessita de sentido e de liberdade. Artes porque a vida em nossas Amazônias –
e em nossos mundos – precisa ser inventada e reinventada todos os dias, como
formas de enfrentamento às narrativas oficiais de nossas herméticas
identidades, ficção dos sentidos e da memória, como diria Eugênia Vilela. Artes
porque a transfiguração do real nos torna mais humanos, sensíveis e capazes de
significar constante e continuamente o que somos, quem somos e o que queremos
ser.
Silêncios porque em nossa
contemporaneidade as “modernas” formas/meios de comunicação deixaram de
comunicar. As palavras e as imagens propagadas e difundidas oitenta e seis mil
e quatrocentos segundos por dia deixaram de ter sentido, de fazer sentido,
perderem o significado. Silêncios porque é necessário produzir palavras/imagens
que tenham significados e sentimentos. Silêncios porque, imprescindíveis para
transfigurarmos a realidade, comunicam com intensidade ensurdecedora. Silêncios
porque não somos vazios de humanidades e de civilização como plantaram/nomearam
as adjetivações e interpretações colonizatórias de nossos mundos.
Silenciamentos porque os
enquadramentos conservadores continuam a interditar nossas liberdades
artísticas e nossos silêncios, nossas artes do pensar, do dizer e do fazer.
Silenciamentos porque a vida insiste em não se deixar morrer como querem os
burocratas de plantão, esses que confundem o poder com a força e, no controle
do aparelho do estado ou na gestão da coisa pública, tentam se impor pelo uso
de violências físicas e simbólicas ou pelas artimanhas de segregadas ciências,
áreas do conhecimento, saberes vazios e atavismos fundamentalistas.
“Artes, silêncios e
silenciamentos” se constituem como um tema-convite para questionarmos a
espetacularização como uma patologia castradora e destruidora de tudo o que é
humano e das muitas e extraordinárias formas de vida não humanas; uma patologia
da interdição, a corroer e tentar destruir nossas expressões artísticas, nossas
vidas e nossos silêncios. Um tema-convite para insistirmos na produção de
espaços de reflexão, intercâmbios de percepções, sensibilidades e saberes como
quem sonha e faz, como quem continua a continuar e continua ainda a não aceitar
um cotidiano de barbárie e racionalidade mercadológica.
DATAS IMPORTANTES
01 de julho de 2014
a 08 de agosto de 2014
• Submissão de resumos para apresentação de
pôsteres
• Submissão de resumos em Sessões de Comunicações
Livres
10 de julho de 2014
• Resultado das propostas de GTs aprovadas
• Resultado das propostas de Minicursos aprovadas
14 de julho de 2014
a 08 de agosto de 2014
• Submissão de resumos em GTs
27 de agosto de
2014
• Resultado dos resumos aprovados em GTs
• Resultado dos pôsteres aprovados
• Resultado dos resumos aprovados em Comunicações
Livres
13 de outubro a 27
de outubro de 2014
• Inscrições em Minicursos
27 de setembro de
2014
Envio dos artigos completes
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